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24 de Abril de 2024

Você acha mesmo que o PT está morto? Think again!

(o que - não - aprendemos com o Mensalão)

Publicado por Paulo Antonio Papini
há 5 anos

Existe uma sensação disseminada na Nova Direita Brasileira, entre liberais e conservadores, de que o Partido dos Trabalhadores está morto, que seria uma espécie de zumbi, um walker (da série The Walking Dead) do cenário político brasileiro.

Não pode existir análise mais equivocada. Entre os anos de 2.005 e 2.006, por conta da crise do Mensalão[1] havia – na classe política – sentimento análogo. Não valeria a pena o esforço para promover o impeachment de Lula, pois o mesmo (e também o PT) “sangrariam politicamente”; sim, foram essas as palavras àquela época, de FHC.

Bem, o PT sangrou um pouco, mas não morreu. Como uma espécie de hidra, monstro mitológico que quando tem uma cabeça cortada surgem outras, o PT ficou mais forte, reelegeu Lula, elegeu e reelegeu Dilma, Haddad na Prefeitura de São Paulo, Pimentel no Governo do Estado de Minas Gerais, dentre outros.

Com efeito, se foi um monumental erro de análise política acreditar em 2005/2006 que o PT estava morto, sinto informar, o erro é maior – mas muito maior – agora. Como alguém em sã consciência pode falar que está liquidado o partido político que tem a maior bancada da Câmara dos Deputados[2] está sepultado. Sério! Isso é uma análise política rasteira! Bem, meus caros amigos/leitores, não acreditem no que Paulo Antonio Papini escreve hoje, mas acreditem no que ele escreveu em 8 de setembro de 2.005 no Revista Eletrônica Última Instância:

“O grau de instrução que deve ter o presidente da República

(...)

Impeachment já – a posição do PSDB

De todos os fatos trazidos a tona nestas tumultuosas semanas de CPMI, dois fatos já seriam suficientes para propor o impeachment do presidente da República (...)

Num país minimamente sério, apenas esses fatos seriam bastantes para o impeachment do presidente, lembrando-se que Collor caiu por uma Elba (...)

Voltando a Lula, elementos há mais do que suficientes para a abertura de um processo formal de impeachment, contudo o que se verifica, principalmente por parte da bancada do PSDB é que não há vontade política de demover Lula. O plano é mais ou menos o seguinte: deixar Lula e o PT afundarem no lodaçal criado (por eles próprios, diga-se de passagem), para que, em 2.006, o PSDB fature a presidência da República com pouquíssimo esforço.

Se entendermos bem o que está acontecendo, verificaremos que a preocupação do PSDB não é com o futuro do país em si, mas, sobretudo com a eleição de 2.006.”




[1] Que culminou com a Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal e a prisão, dentre outros, de José Dirceu (Ministro da Casa Civil do governo Lula).

[2] https://g1.globo.com/política/eleicoes/2018/eleicao-em-numeros/noticia/2018/10/08/pt-perde-deputados...

  • Sobre o autorAdvogado e Professor. Mestre em Processo Civil
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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/voce-acha-mesmo-que-o-pt-esta-morto-think-again/650761261

8 Comentários

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O PT não está morto. Mas apanhou bastante, e encontrou um adversário à altura. A eleição de Bolsonaro não representa simplesmente uma mudança de rumo do executivo. Representa uma mudança radical na expressão política. A direita brasileira estava basicamente em coma. Estava além das franjas da política aberta e franca. Era inexpressiva, invisível. Seus grandes nomes ou morreram, ou afundaram na irrelevância, deixando um imenso vácuo (sabemos bem quem o ocupou...) - ou, ainda, ficaram na retaguarda e nos bastidores por décadas.

Pombas, há meros dois anos, o Democratas, sucessor do PFL, herdeiro da UDN, oriunda dos partidos de inclinação liberal de antanho, considerava francamente se declarar de "centro". Tinham vergonha de ser de direita!

O PT se tornou um gigante pelo fato que encampava, de forma genuína, o ideário das esquerdas. Não hesitava. Poderia, ocasionalmente, adotar o pragmatismo, mas passada a necessidade imediata, voltava à agenda com um rigor cego.

A direita brasileira cansou de ser centro. E o momento atual é diferente dos tempos de Collor (um grande injustiçado, por sinal). Bolsonaro tem nomes excepcionais ao seu lado (excetuando os familiares). Terá um apoio substancial no Congresso.

Temer conseguiu uma proeza extraordinária. Estabilizou a economia brasileira de forma absolutamente magistral; colocou freios às pretensões expansionistas do estado brasileiro, promoveu uma reforma ampla na hedionda legislação trabalhista, e encaminhou a tão necessária reforma do ensino médio. O quadro que Bolsonaro recebe está infinitamente melhor que a ruína deixada por Dilma. Terá pouca margem para errar.

A esquerda está fragmentada. Pela primeira vez desde os tempos de Brizola, o PT se vê solitário no seu terreno natural. E assim continuará. Não morreu, mas regrediu brutalmente. continuar lendo

Brilhante comentário. continuar lendo

O cenário atual é completamente diverso. Hoje, senão todo o PT, toda sua cúpula e seus caciques ou estão já presos e condenados ou estão sob forte e intensa investigação e descrédito total. E não apenas o PT, mas também toda a esquerda brasileira, foram desmascarados pela operação Lava Jato e por um time de autoridades probas cujas quais eles não conseguiram corromper quando ainda estavam no comando da nação.

No ínterim citado no texto, o PT era praticamente o deus na terra, hoje não é mais assim. Hoje o partido é conhecido como aquela quadrilha que assaltou o país, distribuiu o dinheiro do contribuinte para ditadores e países autoritários mundo afora, que corrompeu os poderes da república para se perpetuar no poder, que usou e abusou da máquina estatal para fazer o que bem entendia, inclusive enganar incautos.

Felizmente, esse tempo passou.

Sem o PT e sem a esquerda no poder, dias melhores virão, para delírio dos "intelectuais" de botequim. continuar lendo

O maior erro do PT foi se transformar num partido privado, cujo dono é o Lula.

E essa foi a maior sorte do Brasil, pois o ego dele afundou o partido nesse mar de lama e expôs a verdadeira face da esquerda castrista.

Agora é esperar a abertura da "caixa-preta" do BNDES. Isso vai fazer o Mensalão ser um cristal de gelo num iceberg. Mesmo o Petrolão não passará de sua ponta. continuar lendo

No entanto, há que nos acautelarmos contra os resquícios de poder que ainda há nesse partido das trevas.
Como em todo exorcismo, haverá gritos, convulsões e muito ranger de dentes.
Até a próxima eleição legislativa eles farão todo o ruído que puderem. continuar lendo

O crime organizado nunca morre. Ele apenas faz reestruturação e segue em frente.
Atualmente ele PT apenas está fingindo de morto, como qualquer predador eficiente. continuar lendo

Não creio exatamente que haja um "já morreu", mas é inegável que a direita não pode conceder ao PT um "fale mal, mas fale de mim".

O que se faz é deixar o nome do partido de lado e só ressuscitá-lo quando a pancada for forte ... algo que ocorrerá se, de fato, Bolsonaro abrir as "caixas-pretas" da CEF, BB e, principalmente, BNDES.

O Mais Médicos, em apenas 3 dias, já completou 92% das vagas deixadas por cubanos. Isso expôs mais uma mentira e um grande desrespeito com a comunidade médica brasileira. Além da descoberta de que o PT e Cuba negociavam há uns dois anos, sem dar conhecimento público.

Ainda sobre o programa, a esquerda lulopetista hoje tenta agora se sustentar num discurso de que os médicos brasileiros não ficam lá por muito tempo. Mais um discurso inócuo, afinal há rotatividade em todo o serviço público ... pra isso existe a remoção prevista em lei.

Outro desespero é sobre o Escola Sem Partido, já que a esquerda sempre investiu na doutrinação de crianças e jovens ... basta ver a natureza política dos DCE's. Tem coisa mais incoerente do que criticar ditadura e tortura louvando Cuba e usando camiseta com foto do Che?

De fato não está morto, mas hoje possui um adversário ainda mais perigoso que a direita: a própria esquerda que, aos poucos, exclui e substitui o PT. Ciro vem com força em 2022. continuar lendo